Um tempo sem sair do ninho, sentir o asfalto rasgar a sola
do meu sapato; e qualquer olhar me leva na
viajem dos cílios longos - uma curvatura imprecisa de mulher.
Os muros da cidade esqueceram as tintas, os jovens não mais
LSD, não mais viola elétrica no quintal de terra batida, das batidas mulatas do
meu sonho.
E eles não servem
mais cervejas apenas pelo amor de estontear a alma... Querem o meu dinheiro que
sobra nos impostos desonestos.
O relógio sempre para dentro de casa, incutido na mente,
sempre corre o desespero. Pois a cidade cinza minha oportunidade e só a noite
brilha as luzes do corpo pouco vestido e minuta os minutos de palavras ditas a
justificar meu atraso de algum período eu bem queria.
Um tempo sem sair e olhe a vitalidade desse suor que me
espalha, leva em mar de mim o sal que sou... e vem brisa do leste a secar tudo
que possa marcar a roupa larga de linho.
By Camila Passatuto
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