Deixe-me rolar só um pouquinho,
Encaixar holocausto em pernas.
Meus versos crescem tão breves.
Percebe o delírio que escapa?
Deixe-me repetir a primeira estrofe
Lembrar nossos lírios
Nossos cílios molhados
Mar que te levava aos poucos
E te retornava chuva ao final da tarde.
Minhas rimas estão frouxas.
Percebe o delírio que escapa?
Percebe o delírio que escapa?
Fico pelo espaço
Na espera do nosso amanhã
No querer justo do andar
Da pátria azul que sonhávamos.
Os desejos andam puros demais
Resultado de nadas em guerras.
Na guerra do mundo absurdo.
Deixe-me ciranda
No quintal de terra batida
No fim de uma saudade que provoco.
Deixe-me livre
Deixe-me branco
Deixe-me decassílabo.
Assopra minha existência
Entre teus lábios firmes.
Deixe-me ser poesia
Nesse caos
de vida.
Nesse caco de vida absurda.
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