Andei até a esquina; apenas flores mortas na vitrine amarelada... prontas para alegrar
moças inseguras. Passo a passo até a autoestrada e carros corriam
cegos para lugares que eu sabia - não estava o que queria minha rasgada alma.
O espelho sempre foi o melhor lugar. Olhei e não vi.
Talvez acabasse a procura e o objeto procurado. Acabou sem
saber, sem saber-se... Sem eu saber o que era aquela minha jornada maluca.
Perceba... As luzes casadas com os pingos de chuva, o som do
outro lado do bar e olha lá... Não. Não era ela - a felicidade que me desejava.
Deitei na cama. Desprovido de sussurros e forças. Lembrei e
vi flores ao redor, senti os pneus ainda quentes em mim, pude ver minha face
amarga e branca demais... Deitei em mim e isso não mais adiantava.
Era madeira morna e
senhoras aos prantos. Olha lá... Era eu a comemorar. Era a morte falando
baixinho e meu espírito a escutar.
Vamos, deixe o corpo esmagado para os vermes, venha que é
hora de chá na academia. Venha que as ninfas de ilha qualquer estão a dormir e
a sonhar. Venha que andar até a esquina com os olhos fechados foi perigoso
demais.
By Camila Passatuto
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