Permanece como uma parte de corpo cansado; e eu acrescento sabores ideológicos sobre o ar fraco que me sustenta ao leste de algum pensamento.
A platéia com lanças de borracha, grossa ao seu modo fino, lê minha alma de forma errada e aplaude o que não entende e critica o que não prova.
Eu subo sem ceia na barriga, com a cabeça em espelho de coração... No final é o resto de cidade que consola colo vazio.
E estamos longe do prazer de ser sinceridade avoando. Beijo na testa e um riso triste demais e uma pele além demais e um licor cheio de ais.
Permanece uma parte do começo no fim... E os que querem poesia; faz de palavras cruas a janta de hipócritas exibicionistas, pois bem, amados pontilhados de literatura, cá estou do outro lado da porta, dando adeus à sala de vozes falhas de querelas contra as pautas, cá me vou, com a gramática sem pé na cabeça e o sexo-cachoeira; pois sou a parte ruim do verso da vida, amargo que te abusa a careta... Eu sou a nuvem que foge do deserto e se esquece algodão em boca de pequeno.
A platéia vai sorrir e olhar... Cá estamos nus e debochados, verdadeiros e anões de moedas de ouro. Estamos na forma descritiva de vida submersa a Deus.
Estamos poesia-puta, conto-sonso, crônica-paulista e romance-sertão. E eu estou, meio sem assim e a desmerecer do insolente breve descansar de atenção.
By Camila Passatuto
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