Não suporto os elogios.
A cada palavra eu apodreço,
Os olhares e sorrisos escorregam
Mofam,
Silenciosos-brutos, em meu chão.
Observo os versos recentes
Enojo-me
Tamanho chorume que nutre tudo.
Vejo que consumo um grande vazio
Perdi, perspicaz, o caminho das palavras
do sentido e da razão.
Sofro
Por tanta vitalidade...
(Meu filho, compreendo que o berço da morte me acalanta há tempos e não ouso fingir um verso sequer.)
Os olhares e sorrisos escorregam
Mofam,
Silenciosos-brutos, em meu chão.
Observo os versos recentes
Enojo-me
Tamanho chorume que nutre tudo.
Vejo que consumo um grande vazio
Perdi, perspicaz, o caminho das palavras
do sentido e da razão.
Sofro
Por tanta vitalidade...
(Meu filho, compreendo que o berço da morte me acalanta há tempos e não ouso fingir um verso sequer.)
Sou o meu nada
mais profundo (hoje)
dos nadas que me fui.
Sofro de mim
isso anula.
Quem desejava?
Encomendaram alegria e amores...
Negociei a arte
a parte no contrato obscuro
e vendi almas por preços chorosos.
Meus deuses, as suplicas são puras,
sem controles
sem acordos leves.
Não me doem os elogios
homófonos e homógrafos.
Preciso da solidão
absoluta.
A solidão da alma no mundo
Aquela que esfria o existir dos condenados ao exímio prazer, e tortura, do sentir.
Aquela que esfria o existir dos condenados ao exímio prazer, e tortura, do sentir.
By Camila Passatuto
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