Seus cavalos avançam nossas terras, pisam nossas flores e matam nossas crianças. Suas lanças invadem nossos crânios ocos e suas risadas embalam o cortejo das almas ao ínfimo de universo em azul.
Após o vermelho de homem, o fogo dança em luxúria de ser sobre o que foi nosso lar e nossa praça. Os cercos de inocência que os velhos já jaziam em tardes sem pássaros... Daquilo vocês beberam em após de nós, com a saliva doce e os gemidos de pesares vultuosos.
Suas mãos imperam nossas certidões e decorrem sobre nosso pequeno legado de sociedade; suas velhas machucam nossa terra boa com o fino de seus sobressaltos de meninas iaiás sem as vírgulas de um macho em seus seios mal feitos.
Estamos chão abaixo, apenas em capricho de papéis ocorrido em sala qualquer, em bairro qualquer, em poder qualquer de cegos mandamentos sistemáticos e alheios à nossa simples presença de vida amorosa com a paz de ser gente de pé cascudo e de pele frita pelo rei Rá que tanto do outro lado do mundo olhou por irmãos de Egito. Estamos cova rasa de muitos corpos, estamos ladainhas sem fim na canoa de Hades, alugadas com pressa e sem prazo de entrega.
Senhorzinho, só venho aqui, de mau escrita e boa vontade, falar nessa carta que podia ser menos doído para meu povo dengoso ao pôr do sol; Senhorzinho, da próxima vez rabisca a ignorância em crânio de Senhorzinho e se doer muito, não faça não, por favor.
By Camila Passatuto
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