Estou a pé,
Estou em pé de guerra.
Alguém grita: o chinelo dos meus dias desgastou,
Sobrou
As micoses das não conquistas.
Da janela pisca-pisca
Tricota e liga a TV
Talvez um jornal para chorar ao ler.
Tantos dos meus
Sujos de tinta
Pelos cantos
Mancharam a cidade, a província.
Cada passo uma guerrilha
Tanto faz a sua estima
No final deve haver recompensa
Pois tanta juventude
Entre aspas, uma hora explode
E não sobra nem se quer as reticências.
Um dia a arte remove
Toda incumbência mal cedida
Da vida que fomos soldados do contra.
Nossa arma semeou cabeças,
Nossas mãos assinaram cartas de amor,
Nossa batalha é daquelas
Que nunca permitira
Nosso corpo sentar
E dizer que acabou.
By Camila Passatuto
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