Minhas águas meninas
Percorrem
De abraçadas o alento
Da perpetuidade
Ora verde oliva
Ora bege vida.
Trave minhas línguas
Aos berros
Aos medos de pleitos.
(Eclipsar as almas)
Sereno
Boca no verde
Riacho em plena avenida
Pensara em ser campo
Mas apenas
Era corpo
Morto nas delícias.
(Sacia, farta...
Faz-me luxúria
Tira e atira
Coloca-me de luto).
Minhas águas meninas
Que lavam sem banhar
Uma dor carecida
Plenitude
De verso em vida.
Abençoem os coitados
Cegos da palha
Que pulam canteiros
Festivos canteiros
Agora é alma
Que se faz
Na falta de corpo
Abençoa e morde
Faça-nos sentir
No arguto instante
Da ida.
No arguto instante
Da ida.
By Camila Passatuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário