Senti toda aquela insanidade me acariciar os lábios, tomava
em mãos minhas verdades absurdas e as lançava pelas paredes negras. Dentro de
mim parte do mundo habitava, eram prédios em forma de gatos e garotas
rastejando em seus vestidos amarelos - a contrastar minha vontade.
Vozes que de onde nunca vinham, sempre estavam. Era preciso
um controle, gritavam os medrosos; e quem
ligava para um corpo que trepidava (?)... Eram pesadelos demais em todas
as esquinas e eu senti a amargura daquela gente penetrando meus ouvidos... E dancei só pela vastidão da avenida úmida, dos faróis verdes, das crianças suas,
do trovão espelho.
E a entrega do ser diante toda realidade e distimia do
mundo, eles gritavam: “sonhe, seja a felicidade que quer!” . E eu tinha insônia
da vida.
Bebi num bar
qualquer, acompanhado de corpos e copos que não pude fazer distinção. Foi ali
que senti o convite do paladar, ela chegou mansa, sorriu moça e meus olhos
blindados ofereceram minha boca, foi ali, no qualquer de um dia que senti toda vossa
insanidade em mim.
By Camila Passatuto
Um comentário:
Muito profundo...tocou!beijo
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