Ao dizer cerra os dentes... Sussurra tímido
"Salve em mim alguma poesia”.
Menino de olhos pedintes e mente canina,
Para ti apenas breve prosa de
observar.
Enquanto acaricia suas melodias sujas,
Estarei do outro lado
Em afago de ternura e fuga.
Quando romper madrugada
Sem inspiração de universo,
Lá estarei para o reencontro
De verbetes não-poéticos,
loucos e risonhos
por alguma percepção aflorada
Seremos o dedilhar de mistério maior.
Meu menino que se mata toda noite...
Descansa seu suicídio nos versos.
... Eu nunca poderei ceder aos
fatos...
Descalça minhas palavras e cante
Canto qualquer no inferno...
Saudade e útero
Resto, filho,
Em meu desejo-nobre,
Assexuado e materno.
By Camila Passatuto
Um comentário:
Tenho salva em mim agora, alguma poesia.
Quanta beleza!
Um beijo
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