Você está cansado, velho amigo.
Não respira satisfeito,
Não sorri,
Não desfalece no leito.
Todas as noites são claras
Em claro tormento.
A mente caiu.
O Espírito nem sempre eleva.
Você faz força para sorrir,
Você luta por esperança,
Você me pertence,
Corpo doente que balança.
Move o telégrafo dos prazeres
E nenhuma palavra de volta...
Você está cansado, velho amigo.
Tantos anos se decepcionando, cuidado.
As cenas que representam fortalezas.
Harmonia farsante,
Angustia desde a placenta, eu caí.
O Espírito nem sempre representa.
E você não pode mais caminhar.
As pernas tremem.
As mãos gelam, não sentem.
O peito dói, corpo balança.
Os dias que seriam de recuperação
Tornaram-se imersão.
Tempo vasto perdido.
Entre o clamar... O suplício.
Você pede ajuda, velho amigo.
Mas ocupados demais
Mas desajeitados demais.
Ninguém tem tempo, há volta...
Mais noites em claro penar.
Busca de algo.
Perdido entre almas,
Almas perdidas que não se acham.
E você chora, velho amigo.
Sou de ti inquilino.
Sou alma, tu me desde abrigo
E choro contigo; sofro a cada gemido.
E implora abrigo
E foge
E afasta
E se torna mais frio, esquisito.
.............................................................
N’alguma noite por vir
Na tristeza irá surgir
O desejo realizado
O corpo da alma libertado.
By Camila Passatuto
Um comentário:
Adorei!
Inspirador...
Sou discípula de um oráculo que atende pelo nome de 'coração'... Daí meus devaneios.
Mas não reclamo. Ainda bem que os tenho. São minha única certeza, meus goles de libertação.
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