Tu és fraca demais para os meus sentimentos febris. Virgem demais para meus desejos avançados. Linda demais para minha dor ofegante, para esse peito roído, para essa vida poeta que levo em negros rios. São olhos, menina. São olhos de quem sangra, são esses que te olham, te vigiam, te condenam por despertar anseio, desejo, tudo isso que me faz esconderijo de liberdade, de sentimento seu. Vem e pega. Arranha o poeta, se tem medo, vai e come meu desespero.
Tu és forte demais para minhas palavras, onde te coloco, quebra um verso e liberta um sentimento. Por que faz isso? Por que és em minha vida o que demais amo, o que demais tenho fé, por que é em mim o que demais reluz, o que demais vive...?
E pelas ruas quem me vê sabe que tu és o que demais me move, o que demais foge... Entre meus passos... E tu és caminho demais que se encontra com minha estrada de terra... Tu és o que digo e o que calo. Tu és poesia e quando quero és apenas o que quero.
By Camila Passatuto
Um comentário:
Que articulação! Mas que articulação!
"Tu és poesia e quando quero és apenas o que quero."
Esta sentença, por si só, já é poesia. E olha que tudo neste texto é.
Gostei do que vi aqui, Camila. Voltarei.
Beijo pra ti!
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