Biografia da Autora

Camila Passatuto nasceu em 1988, na cidade de São Paulo. Autora dos livros "Nequice: Lapso na Função Supressora" (Editora Penalux, 2018) e "TW: Para ler com a cabeça entre o poste e a calçada" (Editora Penalux, 2017).

Editora do projeto editorial O Último Leitor Morreu (conheça o projeto e as publicações). Escreve desde os 11 anos e começou a atuar nos meios digitais, com blogs de poesias e participações em diversas revistas e projetos literários, em 2007.

Contato: camila.passatuto@gmail.com


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Recados


Não podemos cair no vício da humanidade insolente. Seguiremos alvos de vida, sem os odores das mentes fracas e mesquinhas. Não podemos nos render à fala carinhosa e cheia de espetáculos nojentos, breves e sem fundamentos.
Temos a obrigação de, livres, inebriarmos nosso futuro de sonhos e certezas puras. Iremos ler nossa história sem a mancha negra dos urubus feridos de mundo. 

By Camila Passatuto 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A procura de um povo


Deixa o querer assim...
Triste em sorriso,
Meigo de aguentar.

Bem, afagos,
Eles mentem.
Matam nossos filhos.

Deixa o poder assim...
Largado na penumbra
De mentes ansiosas.

Eu me calo
E você grita
Geme
Goza.

Pelas ruas
Um falatório sombrio.

Dizem que se foi
Insistem, procuram...
Por Deus: Sumiu!

Deixa o querer
Procurar (no livre)
O timbre de nossa alma...

... O pouco de paz
Nula, pequena.
Puta
Que nos acalma.

By Camila Passatuto

domingo, 5 de agosto de 2012

Ora e Dança...


Escuto entre paredes
Acordes que me faltam.

Esqueço as ruas
Frias e desconjuntas.

Observo mais um aprendiz
Pálido
Perplexo
E meu.

A vida nos subtrai, amigo.
Arte me esculpe
Pelas lentes grossas
De serenos e alvos.

Escuto a oração da sociedade
Perdida
Furiosa
Menina de pé machucado.

Dedilho o piano das ideias
E tudo martela em susto
Um porquê bem posto
De causas absurdas.

E sento na guia
Sem objetivos claros
Com a mente derretida
E o corpo bastardo de espírito.

Estudo entre prazeres
Alardes que me faltam
Danço pura (calma)
A nua poesia que me é capaz.

By Camila Passatuto

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Alucinação 5


Cuidado, pequena,
A vida anda animada demais.
Os afazeres dos homens
É busca pelos teus ais.

Cuidado, menino,
As ruas espreguiçam
Os túneis rompem
É nulo o agito.

E leio nossas preces
No avesso do laço
Do embrulho mal feito
Do querer, em mim, abstrato.

E corro sem pressa
Ao léo dos adjuntos
Em ti mal formados
Em nós assolados.

E rimo
Como geme...
E rimo
Comumente...

Cuidado, minha mãe,
Seu filho voa alto
Nas margens da folha branca
Em desejo de liberdade.

Hoje sou eu
Que busco
Rompo
Agito
Assolo
Por fim, bem reflito.

Aos poucos
Em pouca voz
Falo aos céus
Suplico...

(Assim finalizo)

Quero poesia
Quero de todos muito afinco
Quero em mim a porra da paz
Sem chá ou mero absinto.

By Camila Passatuto